quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Relações tipo acaba-começa-acaba




Este tipo de relacionamentos, desenvolvem-se, devido ao desejo que a pessoa sente de ser amada, assim como, da sua necessidade de ter atenção. Estas condições estão na base dessa atração. Procurando deste modo, satisfazer as necessidades Emocionas.

Se na infância os seus pais não foram afetuosos como desejou, vai ter tendência para procurar um parceiro emocionalmente indisponível, na esperança de encontrar afeto, carinho ou atenção, através dos relacionamentos amorosos que vai estabelecendo.



Como um dependente de drogas precisa de novas doses, a pessoa neste tipo de relação, também necessita de uma dose maior à medida que esta produz menos efeitos. Entregando-se à relação com mais vigor, na fase em que a mesma proporciona menos satisfação. 

O que se deve fazer para evitar entrar numa espiral dessas?

Tomar consciência que a relação que se mantém não oferece o desejado, sendo por isso, necessário terminar a relação e fazer-se o luto, não continuar a ter esperança de conseguir mudar o parceiro emocionalmente indisponível, para que a mesma te dê aquilo de que sentes falta.

O problema neste tipo de relacionamentos, não se coloca na relação establecida com as pessoas emocionalmente disponíveis, mas nas próprias pessoas dependentes que tendencialmente procuram parceiros emocionalmente indisponíveis.A dependência nunca é saudável, acontece que o dependente quer sempre mais e nunca se sente satisfeito e o ciclo continua...É importante percepcionar que é melhor terminar a relação do que continuar a ter mais do mesmo.

Porque a necessidade de preservar a relação?

Pela necessidade de obter mais intimidade, atenção e afecto. Consequentemente, quanto mais a pessoa sente que está a divergir do desejado, isto é, a receber menos da relação, mais provoca, aborrece ou irrita o parceiro para que o mesmo lhe dê o que precisa. Neste contexto, quanto mais a relação se complicar, mais difícil é o desligamento, devido à profundidade das necessidades emocionais, originando assim uma dependência relacional -relações tipo acaba-começa-começa-acaba.

Procura ajuda para colocar fim a este ciclo vicioso!


Diferença nos relacionamentos íntimos?

Amar a outra pessoa pelo que ela é, acontece quando existe admiração e respeito.

Quando ama para ser amada e depende do amor das outras pessoas para ser feliz, pode estar a transformar os seus relacionamentos numa dependência emocional.

Esta forma de se relacionar exige enorme esforço e muitas estratégias para conseguir ser amada, implicando imenso sofrimento e infelicidade. Continuar a amar assim, só desenvolve relacionamentos pouco saudáveis.

É frequente em relacionamentos dependentes, a pessoa anular-se e não ter objetivos de vida, amigos e muitas vezes, nem actividade laboral. Abdica de quase tudo só pela necessidade de ser amada, dedicando-se exclusivamente ao relacionamento. Mas, prescinde de encontrar a sua própria felicidade.

É possível deixar de ser dependente e encontrar uma forma de o superar. A transformação pessoal começa no momento em que a pessoa tem consciência, que a sua forma de sentir é independente do comportamento dos outros. Como refere Osho: “Se só é capaz de ser feliz quando está com alguém, aprendeu o segredo de ser feliz”.

É importante recorrer a ajuda especializada para conseguir melhorar a autoconfiança e aumentar a autoestima, por forma a exprimir-se melhor, identificar os seus desejos e necessidades e evitar que sofra de abusos psicológicos ou de violência.

A psicoterapia proporciona recursos para a pessoa aprender a lidar com as características inerentes da dependência emocional.

Desenvolver autoconhecimento, por forma a conseguir parar de atrair relacionamentos que não satisfazem e que só fazem sofrer. Lidar melhor com as emoções, evita relacionar-se e atrair pessoas conflituosas. No momento em que aprende a gerir as emoções, consegue encontrar e manter uma relação equilibrada. 

Cuide de si!


O Valor do Amor

Não podes possuir um ser humano. Não podes perder aquilo que não possuis. Supõe que eras o dono dele. Poderias realmente amar alguém que não é absolutamente nada sem ti? Queres realmente alguém assim? Alguém que cai por terra mal sais pela porta? Não queres, pois não? E ele também não. Estás a virar toda a tua vida para ele. Toda a tua vida, rapariga. E se isso significa tão pouco para ti que podes simplesmente jogá-la fora, entregar-lha, então porque é que isso significaria alguma coisa mais para ele? Ele não pode valorizar-te mais que o valor que te dás a ti própria. 

Toni Morrison, in 'Song of Solomon'





Nova Relação



Nenhum sonho custa tanto a abandonar como o sonho de ter uma alma gémea, nem que seja noutro canto do mundo, uma alma tão perto da nossa como a vida. O que é a alma? É o que resta depois de tudo o que fizemos e dissemos. Podemos traí-la e contrariá-la, mesmo sem saber, porque nunca podemos conhecê-la. Só através duma alma gémea. Fácil dizer. Agora como é que consigo falar? As almas gémeas quase nunca se encontram, mas, quando se encontram, abraçam-se. Naqueles momentos em que alguém diz uma coisa, que nunca ouvimos, mas que reconhecemos não sei de onde. E em que mergulhamos sem querer, como se estivéssemos a visitar uma verdade que desconfiávamos existir, de onde desconfiamos ter vindo, mas aonde nunca tínhamos conseguido voltar.

O coração sente-se. A alma pressente-se. O coração anda aos saltos dentro do peito, a soluçar como um doido, tão óbvio que chega a chatear. Mas a alma é uma rocha branca onde estão riscados os sinais indecifráveis da nossa existência. Não muda, não se mostra, não se dá a conhecer. O coração ama. Mas é na alma que o amor mora. Todos os amores. Toda a vida. A alma deixa o coração à solta, como tonto que ele é, e despreocupa-se e desprende-se do corpo, porque tem mais que fazer. E o que faz a alma? Mandar escondidamente na parte da nossa vida que não tem expressão material ou física. Está mal dito, mas está certo, porque estas coisas não se podem sequer dizer.

O quem e o quê não lhe interessam. A alma não deseja, não tem saudades, não sofre nem se ri; a alma decide o que o coração e a razão podem decidir. A alma não é uma essência ou um espírito; é a fonte, o repositório, a configuração interior. Expressões horríveis, onde as palavras escorregam para se encontrarem. Só resta repetir. A alma é de tal maneira que é aquilo, exactamente, de que não se pode falar. A não ser que se encontre uma alma gémea. Gémea não é igual. É parecida. Não é um espelho. É uma janela. Não é um reflexo. É uma refracção.

(...) O desejo de encontrar uma alma gémea não é o desejo de reafirmarmos a unicidade da nossa existência através de outro que é igual a nós. É precisamente o contrário. É poder descansar dessa demanda. No fundo, todos nós duvidamos que tenhamos uma alma. Senão não falávamos tanto dela. Os melhores ainda são aqueles que a deixam a Deus. Uma alma gémea é a prova que não estamos sozinhos. Ou seja: é a prova de que a alma existe.

Não faz nem diz o mesmo que fazemos e dizemos — mas tem uma forma de fazer e dizer tão parecida com a nossa, que deixa de interessar o que é dito e feito. Uma alma gémea faz curto-circuito com os fusíveis corpo/coração/razão. Não é o «quê» — é o «porquê». O estado normal de duas almas gémeas é o silêncio. Não é o «não ser preciso falar» - é outra forma de falar, que consiste numa alma descansar na outra. Não é a paz dos amantes nem a cumplicidade muda dos amigos. Não precisa de amor nem de amizade para se entender. As almas acharam-se. Não têm passado. Não se esforçaram. Estão. É essa a maior paz do mundo. Como é que um ninho pode ser ninho doutro ninho? Duas almas gémeas podem ser.
Como é que se reconhece a alma gémea? No abraço. O coração pára de bater. A existência é interrompida.

No abraço do irmão, do amigo, da amante, há sensação, do corpo, do tempo, do coração. Há sempre a noção dum gesto posterior. No abraço de duas almas gémeas, mesmo quando se amam, o abraço parece o fim. Uma pessoa sente-se, ao mesmo tempo, protegida e protectora. E a paz é inteira - nenhum outro gesto, nenhuma outra palavra, é precisa para a completar. Pode passar a vida toda. Não importa.

Quando duas almas gémeas se abraçam, sente-se o alívio imenso de não ter de viver. Não há necessidade, nem desejo, nem pensamento. A sensação é de sermos uma alma no ar que reencontrou a sua casa, que voltou finalmente ao seu lugar, como se o outro corpo fosse o nosso que perdêramos desde a nascença.

Miguel Esteves Cardoso, in Explicações de Poruguês. 


Traição - Porque dói tanto?





Porque dói tanto?


A dor de ser traído, ocorre porque nunca imaginamos que seremos traídos pela pessoa que amamos, advém o desencanto, sentimos que afinal não conhecíamos a pessoa que estava ao nosso lado tão bem como pensávamos. 

Sentimos muitas vezes culpabilização e raiva de nós mesmos pelo que aconteceu, pensando erradamente que de algum modo fomos responsáveis.


A autoimagem e autoestima são arruinadas e a pessoa traída sente-se a pior pessoa do mundo. 

Ter dificuldade em acreditar noutra pessoa ou em novos relacionamentos e ter sentimentos de desesperança generalizados, pode conduzir a uma depressão.



Como lidar com a traição:


A melhor forma de superar uma traição é ter consciência de quem somos, quais as nossas qualidades e quais os valores que consideramos inultrapassáveis, devemos para tal fazer uma autoanálise ou procurar um psicólogo, para reestabelecer o equilíbrio interior e voltar a acreditar que se pode voltar a ser feliz!



Como a psicoterapia pode ajudar:


Na tomada de decisão, continuar ou não o relacionamento

Na consolidação de sua identidade, 

Apazigua os sentimentos de culpabilização,

Reestabelece a autoimagem e autoestima,

Ajuda na reconstrução de novos objetivos.

A importância de uma autoestima positiva



Qual a necessidade pela qual é importante desenvolver uma autoestima positiva?

A razão pela qual devemos desenvolvê-la é porque essa é a base mais importante da nossa personalidade, é a característica que mais influencia a forma de cada um se relacionar, seja a nível pessoal ou profissional. O
 comportamento de cada pessoa é determinado, em função da imagem e do valor que cada pessoa atribui a si própria.   

A autoestima é caracterizada pela avaliação subjetiva que cada pessoa efetua de si própria. Esta avaliação interna pode ser positiva ou negativa, sendo estruturada consoante a as experiências de vida de cada um.  Podemos com tudo isto afirmar que a autoestima é o reflexo da satisfação individual.

Como e quando se desenvolve?

A sua construção é iniciada na infância, mas ao longo do crescimento é que se vai consolidando,  dependendo das vivências e das pessoas com quem nos relacionamos. O desenvolvimento de uma baixa ou alta autoestima, irá depender das interações que cada um vai experienciando. O valor que cada um atribui a si próprio, não é determinado só por circunstâncias exteriores, advém da forma como cada um se estrutura interiormente. Esta 
imagem que elabora de si mesmo, tem origem na sua autoimagem. 

A autoestima varia em função de três componentes.

A componente afetiva que está relacionada com o valor que temos de nós próprios, podendo ser classificada de positiva ou negativa. A componente comportamental, que se prende com a intenção e a tomada de decisão para agir e, a componente cognitiva que está relacionada com o valor que temos da nossa personalidade e do nosso comportamento.

É necessário reavaliar os nossos pensamentos porque permanentemente, o nosso pensamento, que é especialista em investigar todas as situações em que agimos inadequadamente, irá avaliar se temos essa consciência. Este processo, leva-nos a perceber a tendência inerente e prejudicial do nosso pensamento...sendo por esse motivo, importante e benéfico, desenvolver uma autoimagem positiva ou ficamos prisioneiros dos registos negativos do pensamento.

Quando não se faz uma reavaliação correta ao nível da consciência, o que muitas vezes é difícil de conseguir individualmente, porque a tendência  da pessoa é focar-se mais nos aspetos negativos, a sua autoimagem vai enfraquecendo. Contudo, com ajuda psicoterapêutica, essa tomada de consciência é ajustada, sendo possível ficar-se com uma visão mais clara do que ocorre com as nossas atitudes ou desejos. 

Quando se pode avaliar a autoestima?

Nos momentos de fragilidade emocional é quando podemos avaliar realmente a nossa autoestima. Quando estamos em sofrimento, se a nossa autoestima for negativa...ficamos com a sensação de que a mesma, parece ter evaporado e que já nem sabemos qual a nossa importância, quando isto acontece é porque não era muito consistente. A falta de autoestima gera consequentemente nestas fases, diminuição de autoconfiança e inúmeras dúvidas quanto às próprias competências.

Sempre que não existe um equilíbrio entre as expectativas pessoais e a realização das mesmas, tendencialmente a pessoa vai diminuindo a sua autoestima e também a sua autoconfiança.

As pessoas só acreditam no seu próprio valor e conseguem sentir autoconfiança, quando anteriormente, alguém já lhe deu valor ou confiou nela. Da mesma forma que uma pessoa só consegue entender que possui características positivas, a partir do momento em que alguém as verbalizou. Só após estas circunstâncias, é que é possível a pessoa ter consciência das mesmas.

A auto-aprovação e o nosso funcionamento, reflete-se em todos os pensamentos e na forma de cada um se ver. Assim, não será difícil perceber, que além de afetar a relação com os outros, também influencia todas as coisas que fazemos.

Quais os benefícios para desenvolver uma autoestima positiva?

Desenvolver uma boa autoestima, permite-nos pensar, sentir e agir de modo mais autoconfiante e desfrutar de maior bem-estar, porque passamos a acreditar mais nas capacidades que temos, tornando-se mais fácil, sermos felizes e atingirmos os objetivos desejados.
Tenha em conta que alguns problemas psicológicos, como a tristeza, distúrbios alimentares, receios, medos, inibições, ansiedade ou fobia social, entre outros, podem afetar e muito o seu dia-a-dia, em consequência de uma baixa autoestima.

É importante recorrer a ajuda especializada, se sente que tem baixa autoestima. Este acompanhamento permite-lhe conseguir ter melhor autoconfiança e ajudá-la a aumentar a sua autoestima, para que seja capaz de se exprimir melhor, de identificar o que deseja ou para perceber as suas reais necessidades, evitando com isso que sofra sem necessidade, só porque não procura ou resiste em pedir ajuda.

A psicoterapia promove os recursos mais eficazes para a pessoa aprender a lidar com as características inerentes da sua personalidade, a lidar e a gerir melhor as emoções, quando desenvolve autoconhecimento. 





O orgulho é a consciência (certa ou errada) do nosso próprio mérito, a vaidade, a consciência (certa ou errada) da evidência do nosso próprio mérito para os outros. Um homem pode ser orgulhoso sem ser vaidoso, pode ser ambas as coisas, vaidoso e orgulhoso, pode ser — pois tal é a natureza humana — vaidoso sem ser orgulhoso. É difícil à primeira vista compreender como podemos ter consciência da evidência do nosso mérito para os outros, sem a consciência do nosso próprio mérito. Se a natureza humana fosse racional, não haveria explicação alguma. Contudo, o homem vive a princípio uma vida exterior, e mais tarde uma interior; a noção de efeito precede, na evolução da mente, a noção de causa interior desse mesmo efeito. O homem prefere ser exaltado por aquilo que não é, a ser tido em menor conta por aquilo que é. É a vaidade em acção.

Fernando Pessoa



Hoje Tomei a Decisão de Ser Eu


Hoje, ao tomar de vez a decisão de ser Eu, de viver à altura do meu mister, e, por isso, de desprezar a ideia do reclame, e plebeia sociabilizacão de mim, do Interseccionismo, reentrei de vez, de volta da minha viagem de impressões pelos outros, na posse plena do meu Génio e na divina consciência da minha Missão. Hoje só me quero tal qual meu carácter nato quer que eu seja; e meu Génio, com ele nascido, me impõe que eu não deixe de ser. 

Atitude por atitude, melhor a mais nobre, a mais alta e a mais calma. Pose por pose, a pose de ser o que sou. 

Um raio hoje deslumbrou-me de lucidez. Nasci. 

Nada de desafios à plebe, nada de girândolas para o riso ou a raiva dos inferiores. A superioridade não se mascara de palhaço; é de renúncia e de silêncio que se veste. 

O último rasto de influência dos outros no meu carácter cessou com isto. Reconheci — ao sentir que podia e ia dominar o desejo intenso e infantil de « lançar o Interseccionismo» — a tranquila posse de mim. 

Fernando Pessoa, in Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação

O sono fortalece o cérebro


O sono ajuda a mente a ficar mais forte!

Se não descansa o suficiente compromete o seu desempenho mental, a sua produtividade e o controlo das suas emoções.

Precisa de 7 a 8 horas de sono diárias para ter um descanso bom, apesar de cada pessoa ter necessidades diferentes para se sentir bem.


Se costuma ter insónias ou dificuldades ao dormir frequentes procure ajuda para resolver o problema - As implicações da falta de sono, além de deixarem o cérebro enfraquecido, aceleram a destruição de neurónios (Alzheimer), causam acidentes e perde qualidade de vida!


O stress e os horários irregulares, afetam a qualidade e a quantidade do descanso, o que poderá provocar alterações cognitivas, falta de memória e menor concentração.

Se não descansa o suficiente compromete o seu desempenho mental e a sua produtividade e o controlo das suas emoções.

Precisa de 7 a 8 horas de sono diárias para ter um descanso bom, apesar de cada pessoa ter necessidades diferentes para se sentir bem. Se costuma ter insónias ou dificuldades ao dormir frequentes procure ajuda para resolver o problema - As implicações da falta de sono, além de deixarem o cérebro enfraquecido, aceleram a destruição de neurónios (Alzheimer), causam acidentes e perde qualidade de vida!

É um dos fatores mais importantes para o desempenho do cérebro, estimula a memória, arquiva as memórias importantes, desenvolve a inteligência, melhora a coordenação de movimentos, aumenta a criatividade e melhora a aprendizagem e até ajuda a controlar melhor as emoções. É enquanto dormimos que o cérebro aperfeiçoa as tarefas importantes para o seu bom funcionamento e para se regenerar.

O stress e os horários irregulares, afetam a qualidade e a quantidade do descanso, o que poderá provocar alterações cognitivas, falta de memória e menor concentração.


Quando as preocupações não param



Não vou perguntar-vos se o copo, está meio cheio ou meio vazio!

Mas, coloco a seguinte questão – Quando estão a segurar um copo, costumam pensar no seu peso?

Na verdade, o peso exato não é importante, só interessa, para ser mais percetível a analogia, que pretendo demonstrar entre o copo e as sensações negativas.

O peso do copo só é relevante, dependendo do tempo que o seguram. Se o segurarem por um minuto, não pesa nada, se o segurarem durante muito mais tempo, ficaram com dores no braço de menor ou maior intensidade, em função do tempo que o seguraram.

Apesar do peso do copo, ser sempre o mesmo e de não se alterar, acontece que quanto mais tempo o segura, mais pesado se torna.

As preocupações, dilemas ou qualquer outra sensação incomodativa, são como um copo que segura na mão, podem contribuir para aumentar o nosso nível de stress. E como é que isso acontece?

Se pensar nos problemas, durante algum tempo não lhe acontece nada. Se pensa nos dilemas muito tempo, começam a perturbar e aumentam a ansiedade. Mas, se não deixar de pensar nas mesmas preocupações, durante dias ou semanas, ficam angustiados, bloqueados, sem reação para agir e resolver novas situações.

Sugiro que nas próximas preocupações, percebam qual o momento certo, em que devem largar o copo. Evitando também, sentimentos de culpa quando os problemas não dependem exclusivamente de si para serem resolvidos.


Aprenda a gerir prioridades


O aumento da ansiedade e do próprio stress, está muitas vezes relacionado com o nosso desejo de controlar, tudo o que acontece à nossa volta, e de querer antecipar em pensamento o que irá acontecer, não deixando fluir o seu percurso normal. Aprender a aceitar que as circunstâncias externas não dependem, na maior parte das vezes de nós, ajuda a diminuir em parte a nossa ansiedade.

Nos momentos em que andamos mais agitados, precisamos de ter à nossa volta as coisas organizadas, seja no trabalho ou em casa, mas o que acontece nessas alturas, é geralmente o contrário, a desorganização é maior que em alturas de maior tranquilidade. Essa constatação ainda aumenta mais os níveis de stress, o que contribui para aumentar ainda mais, a necessidade de controlar o caos à nossa volta, este ciclo só incrementa a agitação interna.

É um conflito interno que se instá-la e começa a influenciar o nosso dia-a-dia, contribuindo para aumentar ainda mais o nosso estado de tensão. Ao ter consciência do que está a acontecer, pare, planeie e organize as tarefas por etapas mas, estabeleça expectativas realistas para as terminar. Sem desejar realizar tudo ao mesmo tempo.

A quantidade de tarefas que temos de desempenhar, é uma constante nos nossos dias mas, nem sempre dispomos de tempo para fazer tudo o que queremos, mas ter objetivos irrealistas ajuda. 

O tempo para alcançar os objetivos pretendidos, é um dos fatores de maior stress. O tempo é escasso para realizar tudo o que queremos e, se por um lado, ficamos aquém do proposto, por outro a nossa agitação interna aumenta ainda mais. Consequentemente, surge a sensação de frustração. 

Andamos sempre apressados, porque estamos sempre atrasados para a atividade seguinte. Estamos num local e, já deveríamos estar noutro. Não saber gerir o tempo, só aumenta a nossa tensão interior.

É importante lembrar-se de:

*Definir tarefas e prioridades, ajuda não entrar em stress;

*Estabeleça objetivos realistas e prioridades. Realizar primeiro as atividades mais importantes no tempo que dispomos;

*Gerir o tempo para cada uma das atividades;

*Deixar fluir as coisas, tentando não controlar tudo, muito menos o que não depende de si.

5 Sugestões eficazes para gerir prioridades

Prioridade vem do latim, prior que significa anterior, a prioridade faz referência à anterioridade de algo relativamente a outra coisa, seja em termos de tempo ou de ordem. Aquilo ou aquele que tem prioridade encontra-se em primeiro em comparação com outras coisas ou pessoas.

Prioridade é fazer o que é mais importante ou o que deve ser realizado em primeiro lugar. Os fatores que contribuem para as definir, são geralmente tempo e o dinheiro.   

1- Definir as prioridades – Quais são as suas? A maior dificuldade é saber quais são, especialmente quando existem inúmeras prioridades para fazer quase ao mesmo tempo. Analise, escreva e atribua-lhes uma ordem para alcançar os objetivos que deseja. Podem ser várias, mas convém ser separadas por áreas, para visualizar melhor, tais como, trabalho, família, viagens, compras…

2- Existir motivação – É preciso sentir que existe uma razão para essa prioridade. É esse o motivo em que deve pensar para manter motivação.

3-Não pense no que tem de fazer depois - Após ter enumerado as prioridades por áreas, concentre-se na prioridade mais importante por área e tente esquecer as restantes. Assim evita pensar em tudo o que tem para fazer.

4-Escolha o local ideal em que deve realizar cada uma das prioridades. Procurando evitar todos os estímulos impeditivos para a sua concretização.
5- Determine horários fixos – Se cumprir o horário estabelecido, vai conseguir fazer o que definiu e, concentre-se no que está a fazer, aumentando a produtividade. 


Imagine agora que os acontecimentos na sua vida são semelhantes ao  transito  caótico numa grande cidade... e tem de conduzir todos os dias...pode não gostar, mas mais tarde ou mais cedo habitua-se... é o mesmo que acontece com os sentimentos inconstantes. É recomendável que se aprenda a gerir as emoções para alcançar maior autocontrole.

Vamos imaginar um
 
semáforo sempre que for preciso lidar com algumas emoções que provoquem alguma instabilidade emocional.

Com o recurso deste semáforo imaginário, é possível fazer uma melhor gestão dos sentimentos, ajudando-nos a perceber qual a melhor maneira de obter uma ação mais eficaz. É uma boa estratégia para se aprender a controlar os impulsos emocionais mais desestabilizadores.

Como controlar os impulsos e gerir sentimentos com o 
SEMÁFORO

Luz vermelha

1. Procure acalmar-se e pense antes de agir! 

Luz amarela

2. Pense em determinado problema e no que sente, relativamente ao mesmo
3. Procure novos objetivo positivos para o resolver
4. Examine as várias situações possíveis 
5. Analise as consequências


Luz verde

6. Avance e tente seguir com o melhor plano!